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Quarta - Feira, 2 de Abril |
..::: Verso & Prosa :::.. |
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NOTA PRÃVIA |
Inspirações
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4.3.07Meu jeitoDo jeito que vejo
O dia pontuar a manhã Do jeito que vejo O beija-flor na janela E da janela As crianças na escola A brincar Do jeito que vejo E ouço a canção A me remeter para Tempos imemoriais Do jeito que falo, que ando, que piso Do jeito que viso O ser fundante em mim Esse é o meu jeito. A BORBOLETA (Quintaneando)
Ser e não ser
Como a borboleta Quando “canta” linda e livre e bela e solta Mesmo que digam que borboleta não canta Mas, vá saber Por acaso, alguém fala língua de borboleta? Poema para o amor antigo
Revejo-te
Ante a minha retina Com olhos velhos e sem graça O brilho próprio da tua tez e olhos Já não são os mesmos Foram alocados por nova impressão Revejo-te Ante a minha retina Mas o amor..., o amor Penso que lá no fundo do meu secreto Ainda exista Marcado, transformado, vivo Na forma de meu carinho Revejo-te Ante minha retina Não mais como antigamente. Preâmbulo
O tempo é eterno, a vida muda e transforma-se
Tão breve quanto um sorriso. As possíveis agruras dão lugar ao renascimento… Vista com olhos novos, a vida, e o ar que adentra as ventas, Independente do progresso, é puro, de verdade... Refaz-me feliz. Exorto sempre a quem me ler que conheça, Admire e ame a personagem que aqui vive. Apesar do suor, posto que me dôo, Já não sou eu, mas a alegria em forma de canção a embalar cada Palavra trocada, purificando o silêncio das entrelinhas. Faz querer mais e mais o objeto do meu desejo, a vida. E a canção me alegra e continua num sonido peculiar, Tal batida de coração, respiração e sangue a pulsar. Espalha-se misticamente, implacável e imperceptível. Bem vida como benção de anjos, revoada de borboletas quando o Verão anunciam. Ah... quem dera fosse esta sensação perene... Dos seres me veria em triunfo. Perdas
Um homem pode perder a mulher,
O carro e o eixo do umbigo. Pode perder a eira, a beira e até um amigo. Pode perder a consciência, a inocência sem perder a decência. Um homem pode perder-se ganhando ou ganhar-se perdendo. Pode perder o vício com sacrifício ou moral num tribunal. Pode perder coisas raras como a vergonha na cara Ou coisas de suma importância como a memória da infância. Pode perder a identidade, mas não a dignidade. Perder o juízo sem levar prejuízo. Perder vaidades, futilidades, oportunidades e até a vontade. Mas um homem tem de ter tolerância; Perder a paciência é ignorância. Divagando
O vento a soprar forte
balançando, espalhando e despenteando a árvore. A música baixa inunda a sala. E da janela viajo para tempos distantes; sorrio por viver pouco e ter vivido tanto. Choro também por ter saudade, saudade de mim. Um poeta de verdade
Se um poeta de verdade
eu fosse, escreveria um poema de presente. Um poema pequeno e profundo Para contagiar de amor O mundo que morre sem amar. Se um poeta de verdade eu fosse plantaria girassoís de várias cores para colorir, de vida, a vida dos imperfeitos amores. 14.4.05A Hora Derradeira
Quando desta me for,
Vistam-me de poeta e "coroai-me de rosas". Unjam o meu corpo com alfazema para Atenuar o astral pesado. Leiam-me um belo texto para matar de inveja os defuntos ao lado. Lágrimas, só as sinceras. Dos amigos íntimos, dos grandes amigos!, Dos parentes que considero e De uma ou outra simpatia. Os desafetos, se os tiver, despretensiosamente, Penso que lamentarão. Quando desta me for, se logo for, Não deixarei bens, dívidas ou filhos. São heranças pessoais, intransponíveis. Aliás, os bens, se existirem serão disputados, à unha, Pelos ratos consangüíneos. Dívidas, até hoje, só ouvi falar. Passaram ao largo de mim. E os filhos foram um "sonho" do começo de vida nunca realizado por questões pessoais e de sobrevivência. Quando desta me for quero que bebam a minha partida. Uma rodada de um bom "Chileno" anestesiará os ânimos Sem embriaguez. Deixando tudo calmo e requintado como numa reunião de amigos. Setenta e duas horas depois, fechem o ataúde e me levem a ser Lambido e saboreado pelas línguas incandescentes. O que de mim ficar, pouco importa. O epitáfio expressará... A missão estará cumprida. O que se for estará guardado pela canção da perenidade... Saudade dói
Inda ouço o seu gargalhar
A trinar em meus ouvidos Como o apito do marinheiro Que um dia fui. Três luas se vão, E continua viva em meu coração Como a canção que em Seu colo me embalava. Sei que está ao meu lado E seus sinais são visíveis, Mal comparando, Com os da "Libélula" em película. Minhas lágrimas, hoje, São só um pouco da saudade que sinto. Mas, não se aflija, minha vozinha, Vai passar... Embora, inda ouça o seu gargalhar A trinar em meus ouvidos... Batismo
Banha-me do teu amor
Sem pudor Enquanto podes Banha-me do teu amor E sobrevivamos do odor curado no ar Banha-me... Simplesmente banha-me e Entra, senta, deita e come... Como se, o meu coração, a tua casa fosse E que seja Mas, banha-me com teu amor Sempre que quiseres, que puderes E leva contigo a minh'alma Cativa. Ser Brotinho
Tenho conjeturado dias a fio sobre a questão
do que é "ser brotinho", gíria carinhosa dos Anos Durados. Aí, descobri que ser brotinho é tão "complexamente fácil" que resolvi dar voz à pena, depois ao teclado, e abarcar numa dissertação singela presenteando um jovem amigo, dizendo que ser brotinho independe de muitas coisas como idade ou posição social. É mera ousadia, sem rebeldia, sem causa e muitos ganhos. Pois ser brotinho ou se é, ou não. É acordar todo dia com olhos de quem os têm novos. É comer ovos, tomar Nescau e cereais pela manhã. Ser brotinho é achar que o mundo é cor de rosa sem esquecer outros matizes. É dar bom dia pro Sol e ser amigo da Lua. É ir à praia, jogar frescobol, tomar água de coco e se bronzear... Como diz o Bial: “sem esquecer de usar o filtro solar”. Ser brotinho é sonhar e realizar que a sua Nação é a melhor do mundo. É se aculturar certo de que este é o caminho; e que não há outro. É dar beijo na boca com variações e não ter compromisso ou preconceito. É, às vezes, perder o juízo e, mais tarde, bem mais tarde, recuperar. Porque o bom de ser brotinho é poder "ficar" Sem se preocupar com o que outros vão dizer. Ser brotinho é aproveitar a mágica da vida... É respeitar os mais velhos, as crianças e aprender com eles também... Sem esquecer que canalhas também já foram crianças, e envelhecem... Ser brotinho é saber que tem coração, pulmão, pressão, intestino e, se for menino, próstata. E que sendo amigo deles, eles também serão seus amigos. Ser brotinho e tudo isso e mais um pouco. É felicidade, cidadania, dignidade, alegria e, sobretudo responsabilidade... Sem esquecer de usar, como diria o Pedro Bial: fio dental, enxagüante bucal, camisinha e filtro solar. Anúncio
Precisa-se de um amor urgente
Não para ter saudade Mas para ser freqüente Nem precisa ser de cama, mesa e banho Nem precisa ser grande ou pequeno Muito ou pouco Pois amor não tem quantidade nem tamanho Basta que seja amor Precisa-se de um amor único e completo Enquanto exista E que resista ao inesperado Precisa-se de um amor urgente Para fazer carinho, denguinho E muitos outros "inhos" Regados por um bom vinho Só para perfumar e rimar Precisa-se de um amor Precisa-se de um amor urgente Só para ter a certeza de Não ser só. Meu Jeito
MEU JEITO
Do jeito que vejo O dia pontuar a manhã Do jeito que vejo O beija-flor na janela E da janela As crianças na escola A brincar Do jeito que vejo E ouço a canção A me remeter para Tempos imemoriais Do jeito que falo, que ando, que piso Do jeito que viso O ser fundante em mim Esse é o meu jeito. 5.6.04Inebrio
* Para o amigo Cláudio Cavalcante.
Perdidos vi seus olhos Num mundo de exuberância e prazer Tantando ocultar o que a razão diz Da janela dos seus olhos vi Uma luz inundando seu rosto E o deixava feliz Ledo engano Raios e trovões nunca Demoram a estilhaçar Um peito desguarnecido. * Cláudio,meu amigo,faleceu em 20/jan/03. Entre o tudo e o nada
Na vida conquistei muitas coisas
Algumas, dentro do possível Me satisfizeram Pois as impossíveis,quando levadas Ao extremo, se perderam Conquistei-as mais com o coração Do que com as mãos Postas somente como instrumento Conquistei tudo e nada Um tudo tão iminentemente forte Que parecia muito E um nada tão grandiosamente apaixonante Que parecia tudo Porém, descobri que o tudo prezado Não é o bastante E o bastante,passa ao largo do nada. 29.5.04Tipos de amizade
Amizade fraternal
Para quem gosta de Natal Amizade de recurso Para quem quer "amigo urso" Amizade colorida Para quem está de bem com a vida Amizade eventual Para gosto virtual Amizade particular Para quem precisa confidenciar Amizade de fim de carta Para quem gosta de vida farta ("de amigos") Amizade à primeira vista Para quem precisa (ou não) de oculista Amizade interesseira Para deixar na perambeira Amizades ruins Amizades boas Amizades não cruzam nosso caminho à toa Vêm e vão feito aves de arribação Tem as que ferem As que fortalecem o coração As que dizem, sim As que dizem, não Enfim, amizades sejam de que tipo forem São a ligeira impressão que temos de não Estarmos sós. Apelo
Deixa-me ter diante de ti
Na tentativa de merecer-te por inteiro. Seria o pleno companheiro; O mais tenaz escudeiro A proteger-te por fim. Deixa-me invadir-te com o meu amor, A toda custa e dor; Mas só te ter para mim. Inebriar meu coração Na louca busca de querer. E que, também, me queiras Como te desejo: lânguida e formosa. Cheirando a rosas Das mais belas que há. Então serás o soro para os meus males, A manhã dos meus dias, A lua a crescer Nas fases dos mes sonhos... Deixa-me ter como teu guia. Levar-te pela trilha que escolheres. Embrenharemos mundo a dentro Escoltados pelo sacramento de viver paixão. Deixa-me sentir-te seduzida Como a folha conduzida pelo vento. Despojada... livre...leve... solta... Dona de mim. Deixa o tempo passar Para me trazeres dentro de ti Como teu próprio sangue... Para me fazeres existr Como teu homem... Para me dizeres que é assim Que devidamente me queres... 22.5.04Dilema
Se sofrer de dor
Que a morte me consuma; Se de amor Que me embalem uns versos... 20.5.04O Lápis
Do lápis
A ponta pontua, Em ponto, a manchinha arredondada E, ponto. Numa pontada voraz, A língüa lança Um verbo em pontaria Aquecendo a fria Superfície da lauda. Felicidades Básicas
Um telefonema inesperado.
A saudade saciada. Uma música fazendo sonhar. Colônia nova. Informação. Comida de mãe. Colo de mãe, também. Os amigos queridos. Nostalgia, poesia... A roupa "caindo como luva". Sapatos combinado. O amor. Beijo de língua. Sem língua também... Voz sussurrada no ouvido. E um "Juan Carrau", safra 95. 16.5.04Guardo a flor
Guardo a flor que
Tu me deste Como guardo para a eternidade O ato, o fato... Guardo o carinho, Toda a singeleza, A beleza Da cor da flor e A terna presença Do teu olhar delicado no meu. Guardo-a, em tempo, Com a sua poesia natural e Total zelo. Guardo, ainda, Junto às pétalas desfolhadas, Exalando num canto qualquer, Um aroma que remoça Lembrando breve estação. O beijo
Teu beijo me aquece
As entranhas Como um corisco, à noite, Rasga o céu. Teu beijo me dá fogo, Me lambe, acende Numa química secreta, indecente. Teu beijo me intimida Quando não te posso ter, Mas, me excita quando te quero inteiro Num ritual mágico e verdadeiro... Tua presença
Repouso a tua presença
Nos espaços vagos da minha memória. Prendendo-te a mim Pelas rédeas longas do meu pensamento. Amo-te, ainda, Mesmo que não te importes. À noite, saio pelas sombras das ruas A procurar teu gosto No beijo frio de outras bocas. Bocas que nem sei de onde vêm, Nem para onde vão. Não sei se sofro e grito, Se me contento e me engano Com a onírica presença tua Repousada Nos espaços vagos da minha memória. 15.5.04Fusão
Vou socorrer minha sozinhez
No aconchego do teu abraço. Perder a noção do tempo Para que passe e não me leve de ti. Vou imergir no córrego do teu sangue Fundir-me a ele Feito gota minúscula outonal, Invisível, indizível, divinal... Vou partir de viagem ao teu coração. Serei tua pulsação, Tua respiração o quanto puder. E a tua metade, Com a propriedade De te ser Ao que der e vier. Covardia
De todos os medos que se tem,
O maior deles é saber que se tem medos Por não saber de onde vêm. Medo dos ouvidos, dos gritos, Dos olhares bandidos. Porque só Deus sabe o que sentem E roubam. De todos os medos que se tem, O pior deles talvez seja descobrir O medo de si próprio. Da sombra da consciência, Da decadência da alma, Da paixão ensandecida e Da traição. De todos os medos que se tem, O mais covarde deles é O medo da própria vida Todos os dias invadindo ventas a dentro Como um mar encapelado Pondo a nós, pobres naus À deriva. A flor mais bela
A flor mais bela
Vem na primavera, Enfeita o meu jardim. Fico olhando da minha janela Vendo a cor do seu carmim. Detesto a chuva que lhe molha. Desprezo o vento que lhe beija. Abro a janela, toda primavera, Só pra vê-la. Quisera ter o seu perfume, Quisera ser o seu sonhar. À noite, ouvir seu queixume, Ser o orvalho que pousa na pétala. Eu fico da minha janela Toda primavera só pra ver A flor mais bela, cada vez mais bela, Aparecer. Sobrevida
Vou sobrevivendo tal pequena
Árvore no topo de um espigão Protegida por uma nesga de céu. Do ar tiro um resquício de vida restante; E a esperança que resiste, ousadamente, Faz de mim herói dos meus dias. Vou sobrevivendo tal nuvem esparsa Moldando a tempestade enquanto não chove. E, se não chove, manda a terra A razão de sua existência. E , ainda assim, vou sobrevivendo Nas entrelinhas De um poema ocasional Que, vivo, pulsa e Expulsa de mim a angústia emocional De um tempo massificado. Uns Versos
Pensei em escrever uns versos.
Comecei, rascunhei, sofri... Pois, verso tem que sair direito, Brotado dentrodo peito Daquele que o produz E conduz A uma conjunção harmônica, Tal e qual filarmônica, Onde a voz da alma se projete. Pensei em escrever uns versos Querendo ser feliz. Mas a emoção se inibe dizendo O que não diz. Verso tem que se expor à prova Dos que o lêem por simples prazer. Não importando que o achincalhem, Pois vale à pena escrever. Pensei em escrever uns versos Para que a morte não me apanhe Ou, se quer , se assanhe Me impedindo de tecer As parcas palavras minhas Onde vivo a sobreviver. Porque o verso bom de fato Se refaz de imediato Toda vez que o se quer ler. Pensei em escrever uns versos Com sabor e alegria. Mas falta a palavra certa Para dizer o que eu diria. Pois o verso pretensioso Não tem lugar, nem encanta É puro rabisco tosco. Verso assim não adianta. Espera
Jurava que virias
Com teu sorriso farto, Abraços largos e tuas manias. Abri as janelas Para o ar renovar e Me vesti de espera, Mera quimera. Jurava que virias À noite, Num frio açoite, Trazendo o teu calor Que eu tanto gosto. E tu, tu não vieste. 14.5.04Coisas Faladas
Quero falar de coisas naturais
De coisas não verbais Que toquem a mim e a você. Um pouco dos nossos mistérios Sem os impropérios Que o mundo tem a oferecer. Quero falar de vida, de amor... De volta sem ida e até de dor. Quero falar de coisas, causas, tudo... E, quem sabe, de ter você de novo. 9.5.04O meu amor
De repente
Meu amor veio me ver. Cheio de sorrisos Como fossem guizos, E uma enorme vontade de viver. Meu amor tem mistérios que Só ele sabe ter e Os traz escondidos na boca, Nos olhos, nas mãos... E no seu meigo jeito de ser. Minha Poesia
A minha poesia
É a minha crença nos conceitos Do Homem. Nas suas verdades e não vaidades. É um simples olhar que lanço e vejo à Qualquer hora. É um belo sorriso à espreita. É uma criança e um jovem. É o meu despertar a cada dia. É a chuva que me coíbe, O sol que me refrigera E a noite que me isola. A minha poesia não é só, Completa a minha vida. É o espaço que me resta Mesmo que não seja lida. |
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